Um empate a mais
- Agência ZeroUm
- 16 de abr.
- 2 min de leitura
Botafogo e São Paulo empatam em duelo eletrizante. Resultado é ruim para ambas equipes e mantém clima ruim contra os técnicos. Ambiente pesa e jogadores do São Paulo discutem em campo.

Na noite desta quarta-feira, o Nilton Santos foi palco de um espetáculo de emoções e incertezas, protagonizado por Botafogo e São Paulo. O empate em 2 a 2 refletiu menos a igualdade de forças e mais a intensidade de um jogo em que os dois times se revezaram entre brilho e tensão, técnica e tropeços. Não faltou bola na rede, golaço, vaia da arquibancada nem aquele tempero típico do Brasileirão: o drama.
O São Paulo, mesmo pressionado pela ausência de vitórias no campeonato, não hesitou em mostrar personalidade. Ferreira, em lance que beirou a obra de arte, soltou um foguete no ângulo e abriu o placar. Mas o Botafogo não demorou a responder. Savarino, espelhando a jogada do adversário, emendou um chute igualmente primoroso e deixou tudo igual — em beleza, em precisão e no placar.
Ainda no primeiro tempo, André Silva recolocou o Tricolor à frente, e o jogo parecia caminhar para um domínio visitante, embora o Alvinegro ainda tenha tido um pênalti a seu favor anulado pelo VAR e um gol do São Paulo também invalidado. Emoção, ali, era matéria-prima.
Na segunda etapa, o Botafogo empurrou o adversário contra a parede. Rafael, em tarde inspirada, fez milagre atrás de milagre, negando o empate com autoridade. Mas o esforço se transformou em alívio: Igor Jesus, em jogada ensaiada de escanteio, deixou tudo igual.
Mesmo com o volume ofensivo superior (foram 21 finalizações do Botafogo contra 13 do São Paulo), a virada não veio. E a frustração extravasou das arquibancadas. O técnico Renato Paiva, ao substituir Gregore por Patrick de Paula, ouviu os temidos gritos de “burro”, num sinal de que a paciência da torcida começa a se esgotar. Seis jogos, duas vitórias e um futebol ainda irregular: o sinal de alerta está aceso.
Com o empate, o Botafogo caiu para a 11ª colocação, enquanto o São Paulo segue em busca da primeira vitória, afundado em uma série de quatro empates consecutivos que já começa a incomodar.
O Brasileirão é assim: um palco onde talento e tensão convivem lado a lado. E no Nilton Santos, a quarta rodada teve um pouco de tudo — menos monotonia.
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